A Revolução Silenciosa: Terapia Assistida por Animais no Tratamento do Transtorno do Espectro Autista

Na noite desta terça-feira (02/04), o Teatro da Universidade Castelo Branco foi palco de uma palestra proferida pelo Professor Vaneir Bezerra, coordenador do curso de Medicina Veterinária do campus Realengo. O evento, que atraiu um grande número de estudantes e profissionais da saúde, destacou a eficácia e os avanços da Terapia Assistida por Animais (TAA) no tratamento de diversas condições, enfatizando especialmente o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Durante o encontro, o professor Vaneir compartilhou suas memórias sobre a importância dos animais domésticos em tratamentos de saúde e narrou a história da TAA, evidenciando como os animais passaram a ser reconhecidos não somente como companheiros, mas também como facilitadores terapêuticos. Ele mencionou como exemplo, o pioneirismo da psiquiatra Nise da Silveira que, já na década de 50, percebia os benefícios da interação entre seus pacientes esquizofrênicos e animais.

A audiência foi introduzida ao conceito de que a TAA beneficia pessoas de todas as idades e condições. Desde crianças enfrentando desafios de interação social até idosos lidando com a solidão e sintomas depressivos, os animais provaram ser aliados poderosos no processo terapêutico. O professor destacou ainda, a transformação que a presença de um animal treinado pode provocar, promovendo significativas melhoras na qualidade de vida dos pacientes.

Momentos emocionantes da palestra incluíram a exibição de vídeos com histórias reais de tratamentos bem-sucedidos utilizando animais, tanto em crianças com Autismo como em adultos com depressão.
Vaneir também abordou os benefícios da TAA para indivíduos enfrentando o câncer, demonstrando, por meio de estudos de caso e evidências, que o convívio com animais pode minimizar a dor, reduzir a ansiedade e melhorar a interação com a equipe médica.

Ao final da apresentação, o professor enfatizou a importância de integrar as terapias assistidas por animais aos tratamentos tradicionais, considerando a TAA uma abordagem holística e afetiva que reconhece o paciente em sua totalidade.

A palestra marca um passo significativo na divulgação e no reconhecimento da TAA como uma ferramenta terapêutica legítima e eficaz, fomentando uma visão mais inclusiva e empática na comunidade acadêmica de saúde da Universidade Castelo Branco.

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