Esses e outros assuntos foram abordados em um evento de dois dias repleto de informação e troca de conhecimentos
O curso de Medicina Veterinária, por meio da Liga Acadêmica de Animais Silvestres, Exóticos e Marinhos (LASEMVET), promoveu, nos dias 19 e 20 de maio, o I Simpósio sobre o tema. A programação incluiu uma série de atividades teóricas e práticas que ajudaram alunos, profissionais de áreas ligadas ao meio ambiente e leigos a entenderem mais sobre as espécies e a forma correta de conviver com elas.
Entre as palestras, destacaram-se temas como:
– Dermatologia de Pets Não Convencionais
– Resgate, Manejo e Reabilitação de Gambás
– Semiologia em Silvestres
– Animais Marinhos com Prática Visual
– Oncologia em Pets Não Convencionais
– Assistência Reprodutiva e Neonatal em Primatas
– Comportamento e Enriquecimento Ambiental para Aves



Na parte prática, aconteceram o curso “Manejo e Contenção de Répteis”, com o professor e ex-aluno da UCB Eduardo Villela, e o Workshop de “Montagem de Recintos Bioativos para Peixes, Répteis e Anfíbios”, com o professor Raphael Scherer.
Dessa forma, os alunos puderam aprender sobre o manuseio correto de cobras, lagartos e outros animais, a construção de viveiros e terrários, alimentação, cuidados com ambientação e saúde desses que, para muitos, são pets. Além disso, entenderam como adquiri-los de forma legalizada, com toda a documentação necessária.

Nicolly dos Santos, aluna do 3º período de Medicina Veterinária, falou sobre a influência de eventos como esse na sua escolha: “O simpósio foi maravilhoso e me ajudou bastante, porque, como é uma área que eu quero seguir, a de silvestres, me permitiu ter mais contato e aprender mais sobre os animais que vou cuidar. Isso só me fez ter ainda mais certeza da área que quero seguir.”
É comum, em algumas regiões, a “invasão” de animais silvestres em residências, o que reforça a importância de saber como agir nessas situações.
Gambás:
Não tente espantar ou capturar. Gambás são assustados e podem atacar como defesa. Principalmente se estiverem com filhotes.
Feche os ambientes para limitar o espaço onde ele pode circular (ex: isole um cômodo).
Deixe uma rota de fuga: abra janelas ou portas para que ele possa sair sozinho.
Se ele não sair: chame o controle de zoonoses ou órgão ambiental local (como a Defesa Civil ou corpo de bombeiros).
Importante: Gambás são inofensivos e controlam insetos e escorpiões. Não machuque.
Cobras:
Afaste-se imediatamente. Mantenha pessoas e animais longe.
Não tente capturar nem matar. Mesmo cobras não peçonhentas podem morder.
Isole o cômodo (feche portas) e observe à distância segura.
Extra: Se possível, tire uma foto com segurança para facilitar a identificação da espécie (mas só se estiver longe e seguro).
Lagarto (teiú, iguana, etc.):
Não tente pegar ou assustar. Eles podem correr rapidamente ou tentar se defender com mordidas e cauda.
Abra portas e janelas e aguarde que ele saia sozinho.
Se ele estiver escondido ou não quiser sair:
Chame o órgão ambiental local ou bombeiros.
Não machuque nem capture com as mãos.
Macacos, saguis ou micos:
Não tente alimentar ou se aproximar. Mesmo que pareçam dóceis, podem morder ou arranhar.
Evite fazer barulho ou movimentos bruscos.
Feche portas e janelas dos cômodos internos para impedir que entrem.
Deixe uma rota de fuga aberta: geralmente eles saem sozinhos quando percebem que não há perigo.
Chame as autoridades se ele não for embora em pouco tempo, especialmente se estiver ferido, doente ou agressivo.
Em todos os casos, acione a Polícia Ambiental ou o Corpo de Bombeiros ligando para:
– Central de Operações do CPAm (Comando da Polícia Ambiental): (21) 2334-7634
– Base Taquara: (21) 2333-6653
– Base Realengo: (21) 2333-5252
E em casos de emergência, acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193.
Além disso, o Disque Denúncia oferece um canal para denúncias ambientais:
– Telefone: (21) 2253-1177
– WhatsApp: (21) 2253-1177
Afinal, somos nós, seres humanos, que temos o hábito de invadir o habitat desses animais. Quando eles “invadem” o nosso, é fundamental que sejam devolvidos em segurança ao seu local de origem.
A natureza e o meio ambiente agradecem.






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