Simpósio no Colégio Gissoni discute avanços da biotecnologia na área da saúde

Evento contou com palestra e exposição de banners que abordaram o impacto da tecnologia nos tratamentos clínicos

O Colégio Gissoni realizou, nesta sexta-feira (11), o II Simpósio de Biotecnologia, com uma programação voltada para a aplicação desse campo de estudo na área da saúde. O evento foi aberto ao público e contou com uma palestra sobre o uso da biotecnologia na produção de vacinas, além de exposição de banners com pesquisas científicas feitas por estudantes dos cursos técnicos de Análises Clínicas e Enfermagem. A mostra contou com 14 expositores, que abordaram o impacto da tecnologia nos cuidados à saúde.

Coordenador do curso de Análises Clínicas, Lucas Oliveira falou sobre a importância da promoção do simpósio para a formação dos estudantes do Colégio Gissoni. “Queremos que eles se engajem cada vez mais no ambiente acadêmico. Os alunos estão adentrando o mundo científico, aplicando a biotecnologia o tempo inteiro no dia a dia da futura profissão, e o simpósio é uma forma de fomentar esse conhecimento”, pontuou. 

Apresentada pela enfermeira Adriana Sarefino, a palestra passou pela história da vacina e tratou dos principais avanços na produção de imunizantes ao longo dos anos. De acordo com a profissional, foi por meio do aperfeiçoamento nos estudos da biotecnologia que tornou-se possível o desenvolvimento de recursos como a própria produção vacinal em massa e o uso de antígenos recombinantes, presentes em vacinas contra a COVID-19, hepatite B e HPV. Esses antígenos imitam partes de um vírus ou bactéria para estimular uma resposta imune no corpo humano sem causar a doença. 

“Quando as pessoas falam mal das vacinas, não sabem da importância que elas têm em nossas vidas. Foi muito gratificante poder passar esse conhecimento para os alunos. Quanto mais a sociedade se torna consciente, mais fácil fica para garantirmos a imunização em massa para a população”, destacou Sarefino. Para a enfermeira, é impossível falar sobre vacinas sem falar sobre biotecnologia.

Exposição de banners

Após a palestra, os participantes puderam aprender mais sobre o impacto da biotecnologia nos procedimentos de saúde na exposição realizada pelos estudantes secundaristas. A mostra contou com painéis que apresentaram pesquisas científicas sobre diversos temas, como o uso da tecnologia na prevenção e tratamento de lesões por pressão, os avanços na saúde possibilitados pelas impressoras 3D e o tratamento e a prevenção da esclerose múltipla na infância por meio de instrumentos tecnológicos. 

Na esteira do Outubro Rosa, as estudantes Giovana Cirino e Maria Luísa, do curso técnico em Análises Clínicas, e Giovana Freitas, do curso técnico em Enfermagem, falaram sobre o aprimoramento da biotecnologia no tratamento do câncer de mama, o mais comum em mulheres pelo mundo, atrás apenas do câncer de pele. O trabalho ressaltou a relevância da abordagem para pacientes com neoplasias. Para as secundaristas, o estudo sobre o funcionamento da imunoterapia e de novos tratamentos para o câncer são grandes aliados na busca por ofertas terapêuticas cada vez mais modernas, eficientes e com menores porcentagens de efeitos colaterais. 

Para a professora Alessandra Oliveira, coordenadora de estágios do técnico em Enfermagem, os trabalhos expostos pelos estudantes foram motivo de orgulho. “Fiquei muito feliz com o desenvolvimento científico dos alunos. Eles próprios escolheram os temas e prepararam a apresentação oral e visual, além de terem falado de assuntos relevantes sobre a evolução da ciência”, declarou. 

Coordenadora do curso, a professora Andressa Fonseca também ressaltou as contribuições dos eventos científicos para a formação dos estudantes. “Esses eventos são de grande importância para os alunos, pois proporcionam diversos benefícios para a formação acadêmica e profissional. É uma oportunidade para o aluno de Enfermagem expandir seus horizontes e se desenvolver de forma mais completa, tanto no aspecto técnico quanto no humano e científico”, apontou.  Segundo a educadora, os benefícios vão desde a atualização de conhecimentos, passando pela integração com profissionais da área e a troca de experiências, até o incentivo à pesquisa e inovação.

Leia também

Novembro Azul: especialista da Universidade Castelo Branco fala sobre saúde masculina e os desafios do combate câncer de próstata

“Precisamos reforçar a cultura do cuidado preventivo, da consciência corporal e da busca por serviços médicos. Muitos homens evitam exames por acreditarem que não são necessários até que algum problema surja”, aponta Paula Louzada, enfermeira especializada em saúde masculina e coordenadora do curso de Enfermagem da UCB

Leia mais »