Equipamento é gerido pelo Instituto de Pesquisa e Promoção de Saúde (IPPS) e conta com atendimentos sociais em Fisioterapia para o público interno e externo, além de consultas em Nutrição para a comunidade acadêmica
Desempenhando o seu papel social, com foco no desenvolvimento contínuo da comunidade, a Universidade Castelo Branco abriga desde 1984, no campus Realengo, a Clínica-Escola Castelo Branco (CLIE), um espaço que alia assistência em saúde e aprendizado prático para os estudantes da instituição de ensino. Atualmente sob gestão do Instituto de Pesquisa e Promoção de Saúde (IPPS), o equipamento oferece serviços de fisioterapia para a comunidade interna e externa, além de atendimentos em nutrição voltados para a comunidade acadêmica.
Com uma estrutura moderna, a unidade conta com ginásio terapêutico, sala de crioterapia, boxes terapêuticos, recursos hidrotérmicos e salas de avaliação e de reeducação postural global (RPG). Além de beneficiar a comunidade, esses espaços servem ainda como campo de aprendizado essencial para os alunos da Escola de Saúde, que contam com a supervisão de profissionais experientes. “Os estagiários têm a oportunidade de colocar em prática o que aprendem em sala de aula. Oferecemos estágios em áreas como nutrição clínica e saúde pública, permitindo que eles desenvolvam habilidades fundamentais para suas futuras carreiras”, explica Juliane Félix, nutricionista da CLIE.
Os atendimentos na clínica seguem um modelo inclusivo, com tarifas sociais e até mesmo serviços gratuitos, mediante encaminhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nestes casos, os pacientes passam por uma triagem com a assistente social da CLIE, que avalia cada situação individualmente. Para quem não possui encaminhamento, a instituição disponibiliza serviços a preços reduzidos por meio do Projeto Saúde Integral, que presta fisioterapia ambulatorial com valores abaixo do preço de mercado — incluindo pacotes com 10 sessões a R$300. Somente em 2023, mais de 1600 atendimentos foram realizados por meio dessa iniciativa.
“Desta forma o serviço pode estar disponível para mais pessoas em situação de vulnerabilidade a um baixo custo, sem sobrecargas ao sistema público de saúde”, pontua Cassiano Neves, coordenador da clínica-escola, que também fala sobre a parceria estratégia da instituição com a Prefeitura do Rio. O gestor explica que a unidade possui um convênio com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), que proporciona apoio financeiro e viabiliza a execução de serviços socioassistenciais.
Compromisso com a inclusão
No contexto da assistência social, aproveitando o convênio com a SMPD, o IPPS desenvolve o projeto Vivendo e Acolhendo, que oferta um serviço de Proteção Social Especial para pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade e seus familiares pelo acolhimento nas especialidades ofertadas pela equipe multidisciplinar do instituto. Ao todo, a iniciativa já realizou mais de 2400 atendimentos apenas em 2023. Cassiano Neves afirma que o objetivo é estimular o protagonismo social do paciente como detentor de direitos, valorizando o exercício da cidadania.
“Trabalhamos para integrar diferentes áreas das políticas públicas, promovendo encontros que permitam a troca de experiências e a construção de projetos individuais e coletivos. Organizamos discussões que incentivam a convivência e a cooperação entre os usuários, além de desenvolver ações que ajudem os usuários e suas famílias a se tornarem mais autônomos, sempre contando com o apoio de parceiros e fazendo os encaminhamentos necessários”, explica o gestor.
Para a fisioterapeuta da CLIE Ana Paula Saar, os atendimentos por meio do projeto são uma via de mão dupla, contribuindo tanto para a vivência dos estagiários num ambiente real de acolhimento quanto para o desenvolvimento da comunidade. “A Clínica Escola representa uma verdadeira troca. Os alunos da Castelo Branco têm a oportunidade de aprender na prática, enquanto conseguimos oferecer um retorno significativo à comunidade, ajudando aqueles que mais precisam”, salienta. “Muitas vezes, as pessoas que atendemos procuram mais do que apenas orientação de saúde. Elas vêm aqui para conversar, desabafar e encontrar um espaço acolhedor, principalmente porque muitas enfrentam situações desafiadoras em casa”, completa a preceptora de Nutrição, Juliane Félix.

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