Alunos do curso de Educação Física da Universidade Castelo Branco foram até o Museu do Samba, na Mangueira, no último sábado (21), para conhecer mais a fundo a história deste movimento cultural e entender como o ritmo serviu — e ainda serve — como forma de resistência ao longo dos anos. A atividade é parte da disciplina “Cultura Corporal do Movimento”, que explora a forma com que o corpo se apresenta de diversas formas na sociedade, inclusive como cultural, formado por diversas matrizes étnicas, sobretudo a afro-brasileira.
“Entender que o corpo negro se manifesta no samba como forma de resistência, luta, expressão corporal ou até mesmo um grito de sobrevivência faz com que o professor de Educação Física seja um mediador fortalecido no processo de ensino e aprendizagem”, defende Romulo Caccavo, responsável pela disciplina. Para o educador, a visita é uma forma de ensinar na prática como a cultura negra se desenvolveu a partir do samba, cumprindo ainda a demanda da Lei Federal 10.639/2003, que inclui no currículo oficial das instituições de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Durante a visita, os estudantes foram apresentados à exposição “Aos heróis da liberdade”, que relaciona escolas de samba com as primeiras manifestações culturais de um povo escravizado e apresenta nomes ocultados dos livros didáticos. Além dela, os alunos também puderam entender o contexto histórico e geográfico da trajetória do samba e de seus protagonistas a partir da obra “100 anos do samba”. Por último, conheceram “A força feminina no samba”, criação que conta a história das matriarcas do movimento e o apresenta como espaço de resistência e expressão feminina.