Administrado pela Seap, o local guarda a história do sistema carcerário desde o período imperial, tendo em seu acervo registros prisionais, objetos apreendidos, uniformes de agentes e muito mais
Estudantes do curso de Psicologia da Universidade Castelo participaram de uma visita guiada no Museu Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro, no Centro, na manhã desta segunda-feira (07), para conhecer de perto a história do sistema penal fluminense. A atividade faz parte da disciplina Psicologia Jurídica, orientada pelo professor João Nadaes, e busca aliar a teoria aprendida em sala, nos estudos sobre as diferentes formas de controle social, com a experiência prática do passeio técnico.
Para o educador, a visita é uma forma de promover o estudo e a investigação, despertando o interesse das alunas e dos alunos por meio do contato direto com temas relevantes. “A aula-passeio é um recurso metodológico que permite aos estudantes vivenciar, descobrir e redescobrir novas formas de aprender fazendo. É uma oportunidade para que aprendam fora da sala de aula, levantando indagações e perguntas, descobrindo novos conhecimentos”, explica João Nadaes.
Sob direção da Secretaria Municipal de Administração Penitenciária (Seap), o museu guarda a história do sistema carcerário brasileiro, desde a criação da Casa de Correção do Rio de Janeiro, por meio de um decreto em 1850. O local conta com um grande acervo, possuindo mobiliários antigos; uniformes e armas usadas por agentes penitenciários ao longo das décadas; objetos apreendidos, como armas brancas, cordas “tereza” — formada por lençóis retorcidos para fuga de detentos —, entre outros. No museu também estão os registros do antigo Presídio da Ilha Grande e do Complexo Penitenciário Frei Caneca, incluindo arquivos de presos políticos do regime militar, além de antigos códigos penais brasileiros, que remontam o período imperial.