O tema foi tratado após exibição de documentário e contou com a presença de alunos, ex-alunos e convidados especiais
A violência doméstica é um dos crimes mais comuns no Brasil e, apesar de já existirem ações punitivas contra esse tipo de crime, como a Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, ele continua acontecendo.
Mas não basta apenas deixar que as forças de segurança façam justiça. Prevenir que esse tipo de violência continue ocorrendo é um dever de todos, a partir do esclarecimento, do compartilhamento de informações, de muito estudo, projetos sociais e rodas de conversa. E foi exatamente isso que o curso de Psicologia da Universidade Castelo Branco organizou na noite de quarta-feira, 22 de outubro.
No formato de Cine Debate, o evento de extensão “Atividade sobre Masculinidades e Violência Contra a Mulher” recebeu alunos e professores, que assistiram ao documentário “O Silêncio dos Homens” que, em seguida, participaram de uma discussão sobre o tema. A mesa foi composta por grandes nomes, como a coordenadora de Psicologia, professora Talita Baldin, a professora Nívia Mendonça, representando o curso de Direito, o professor João Nadaes, a ex-aluna Danielle Vieira, que estagiou no grupo de Autores de Medidas Protetivas e no grupo Reflexivo, além da presença especial da juíza titular do 4º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Bangu, Yeda Filizzola.

Entre os temas abordados estavam:
- Violência de Gênero (LGBTQIAPN+);
- Masculinidade e Violência;
- Racialidade e Violência;
- Patriarcado e Violência;
- Violência contra a Mulher.
A violência doméstica e familiar não se caracteriza apenas por agressões físicas.
Segundo o artigo 5º da Lei Maria da Penha, “configura-se violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial”, sendo considerada uma das formas de violação dos direitos humanos.



No evento, que contou também com alunos do curso de Direito, temas como a importância e a relevância da pauta foram tratados como prioridade e bandeira que deve ser constantemente levantada. É necessário que as medidas jurídicas sejam sempre tomadas com a finalidade de proteger, mas, antes de tudo, de prevenir a violência. Para isso, todo esforço de conscientização sobre a temática é válido, principalmente dentro das instituições de ensino, com o propósito de transformar em prática o que a teoria aponta como as principais forças contra todas as formas de violência.