A participação da universidade reforça o compromisso com causas nobres e temas que demandam responsabilidade social
O ano está passando rápido, e o mês de abril nos traz um grande momento de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e como é a vivência, ou melhor, a convivência das pessoas com essa condição.
Atualmente, no Brasil, diversos meses são representados por cores que simbolizam diferentes causas sociais. O mês de abril trata dessa questão, que por muitos anos permaneceu oculta e, em muitos casos, foi equivocadamente tratada como uma doença mental.
A Universidade Castelo Branco, sempre engajada em causas sociais e na promoção da saúde, participou no domingo (27/04) da 12ª Caminhada de Conscientização sobre o Autismo.

O evento, realizado no Posto 12, na Praia do Leblon, contou com a participação de alunos de diversos cursos da UCB, como Educação Física, Nutrição, Psicologia, Farmácia e Enfermagem.
Além da Castelo, a caminhada reuniu diversos órgãos e empresas, como o Ministério Público do Rio de Janeiro, o Rio Poupa-Tempo, com um posto móvel de atendimento, EMS Farmaceutica, Polícia Militar, Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, Marinha do Brasil, Águas do Rio com pontos de hidratação, personagens como o Capitão América e o Batman, entre outros parceiros.
Mas, afinal, o que é o Transtorno do Espectro Autista?
O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. O termo “espectro” é utilizado porque o autismo pode se manifestar de maneiras muito variadas, desde casos mais leves até aqueles que exigem mais suporte no dia a dia.
O transtorno também pode apresentar as seguintes características:
– Dificuldades de comunicação e interação social: Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldade para interpretar expressões faciais, variações no tom de voz ou regras implícitas da convivência social. Elas tendem a se sentir mais confortáveis em interações organizadas e previsíveis.
– Diferenças e dificuldades na percepção sensorial: Sensibilidade aumentada a sons, luzes, texturas e cheiros, ou, em alguns casos, menor sensibilidade a estímulos.
– Padrões de comportamento repetitivos e interesses intensos: São comuns movimentos repetitivos (como balançar as mãos), apego a rotinas rígidas ou interesses profundos em um tema específico (hiperfoco), como dinossauros.
Denise Aragão, fundadora do Grupo Mundo Azul e uma das organizadoras da 12ª Caminhada pelo Autismo falou da importância da promoção de eventos como esse: “A Caminhada pela Conscientização do Autismo é vital na promoção da inclusão das pessoas com autismo na sociedade. Ela contribui para o debate sobre o tema, quebra estereótipos, desmistifica preconceitos e leva a sociedade a refletir sobre o assunto. É por isso que cada passo que damos aqui hoje, embora simbólico, representa um avanço gigantesco rumo à construção de uma sociedade mais acolhedora, mais inclusiva e que abrace todas as pessoas neurodivergentes“.

As causas do TEA podem estar relacionadas a fatores genéticos e ambientais. O diagnóstico é realizado por profissionais de saúde, por meio de observação e testes específicos. Embora não haja cura, uma vez que o autismo não é considerado uma doença, o tratamento pode variar conforme as necessidades individuais, incluindo terapia comportamental, fonoaudiologia, psicologia e neuropsicologia.
O evento, que reuniu milhares de pessoas, trouxe momentos de reflexão, esclarecimentos, apoio e, acima de tudo, união entre todos os presentes, tornando a caminhada uma ação ainda mais marcante e emocionante.
O Abril Azul reforça a importância da conscientização e do respeito, lembrando que o compromisso com a inclusão e o entendimento sobre o autismo não deve se restringir a um único mês, mas ser praticado todos os dias.








