
Comunicação em Saúde: Criando estratégias para uma comunicação mais efetiva no campo da saúde

Campus
Realengo
Carga Horária
6 horas
Data
11/10/2025
Horário
9h às 15h
Objetivo geral
Capacitar profissionais e estudantes das diversas áreas da saúde para uma comunicação humanizada e eficiente, instrumentalizando os mesmos com estratégias e habilidades frente aos desafios relacionais e de comunicação no contexto da saúde
Área de oferta
Psicologia
Pré-requisitos
Trabalhar nas diversas áreas da saúde ou, se for estudante, estar cursando
cursos das áreas da saúde (Psicologia, Medicina, Nutrição, Enfermagem,
Fisioterapia, Terapia Ocupacional, técnico de enfermagem, dentre outros)
Carga horária
6 horas
Conteúdos abordados:
- “Na prática, a teoria é outra”, quem nunca ouviu essa expressão? Para atuar na saúde, sejam profissionais da assistência ou de outras áreas, não basta possuir conhecimento técnico sobre os processos com os quais trabalha. É preciso adquirir percepção sobre o outro, sobre a construção de diálogos eficazes e sobre as próprias dificuldades interpessoais. Existem inúmeras dificuldades para o profissional de saúde, como lidar com situações de sofrimento, enfrentar casos que provocam reflexão sobre temas tabus, a exemplo da morte e da sexualidade, além de outros desafios. As práticas em saúde possuem uma especificidade que as diferenciam dos demais trabalhos: seu caráter intersubjetivo, ou seja, a intervenção de um sujeito sobre o outro, o que gera envolvimento com experiências de vida, prazer, dor, sofrimento e morte, tanto no corpo quanto no psiquismo de cada indivíduo (Sá et al., 2019). Tais fatores podem interferir e criar ruídos na comunicação em saúde e na relação profissional de saúde/paciente.
- No campo da saúde, a comunicação não é apenas uma troca de informação entre emissor e receptor, mas sim uma construção de sentidos, que nos faz repensar, conhecer e compreender o processo comunicacional no manejo da assistência. A falta de informação gera medo, angústia, insegurança e dificuldades nos processos de trabalho. Por isso, a criação de meios que possibilitem a circulação efetiva da informação é fundamental, pois permite que o trabalho seja feito com maior eficiência e menos conflito.
- A comunicação e a formação de vínculo também são parte do cuidado ofertado aos pacientes e familiares, sendo responsabilidade de todos os envolvidos no cuidado em saúde refletir e repensar a forma como isso ocorre. Dessa forma, o presente curso de extensão propõe uma imersão no entrecruzamento de aspectos pessoais, científicos e relacionais, buscando a capacitação em habilidades de comunicação e a conscientização sobre sua importância, evitando insatisfações, queixas, sofrimento e violências aos usuários dos serviços de saúde, bem como problemas relacionais com os demais profissionais. Além disso, visa promover maior confiança e assertividade aos trabalhadores da saúde.
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Programação:
09:00 às 12:00 – Apresentação dos participantes e do curso. Exibição
audiovisual de efeitos (reais) e consequências da dificuldade na
comunicação em saúde e discussão sobre o material a ser estudado.
Aspectos gerais da comunicação no contexto da saúde.
12:00 às 13:00 – Intervalo para o almoço.
13:00 às 14:00 – Protocolos de comunicação de notícias difíceis: o caso do Protocolo SPIKES.
14:00 às 15:00 – Comunicação Efetiva. Dinâmica e compartilhar de casos: considerando aspectos pessoais na interface com as relações. O que a Psicanálise tem a dizer sobre a Alteridade? E o que a Interseccionalidade tem a nos ensinar sobre as experiências humanas? Habilidades e estratégias comunicacionais, trabalho interdisciplinar e encerramento.
Bibliografia
– BARRA, et al. Comunicação Efetiva. Volume I – Série Boas
Práticas em Segurança do Paciente . E-book (recurso eletronico).
Florianópolis: UFSC, 2022. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/240250/ebo
ok_Comunica%c3%a7%c3%a3o%20efetiva.pdf?sequence=1&isAllowed
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– COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade.
Tradução de Rane Souza. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2021
– GESSER, A. M., DOS SANTOS, M. S., & GAMBETTA, M. V.
(2021). Spikes: um protocolo para a comunicação de más notícias / Spikes:
a protocol for communicating bad news. Brazilian Journal of Development, 7(11), 103334–103345. Disponível em:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n11-111
– HOMRICH, Marcele Teixeira. Alteridade e psicanálise: as
modalidades de Outro em Lacan. Santa Cruz do Sul, 2016.
Local na UCB
Sala de aula.
Docentes
Juliany Pereira Espirito Santo
Psicóloga, especialista em Psicologia Hospitalar, mestre em Saúde Coletiva (UERJ) e doutoranda na UFRJ. Professora Auxiliar no curso de graduação em Psicologia na UCB.Atualmente trabalha como docente em cursos de graduação na área da saúde. Docente da Academia de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Natielle da Cunha Rocha
Psicóloga, especialista em Psicologia Hospitalar e mestranda em
Psicologia na UFRJ. Atuou por 9 anos em instituições de saúde e participou
como professora e supervisora de estágio no setor de onco-hematologia do
HUCFF-UFRJ.