O curso organizou um circuito informativo e relaxante para familiares de crianças com o espectro.
Abril é o mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
É um período em que as atenções se voltam para a causa, as dificuldades, limitações e os cuidados com as pessoas que convivem com essa condição. No entanto, pouco se fala sobre o apoio aos familiares e às pessoas que vivem ao lado de quem tem TEA.
Pensando nisso, o curso de Fisioterapia da UCB, com o apoio dos alunos estagiários e do Instituto de Pesquisa e Promoção da Saúde (IPPS) da Clínica Escola Castelo Branco, promoveu, na terça-feira (08/04), uma tarde dedicada à atenção aos familiares das crianças autistas atendidas pelos projetos da clínica.
Durante o atendimento, os pais e responsáveis participaram de um circuito que incluiu uma roda de conversa com temas como autismo, autocuidado, saúde física e mental, seguido por uma sessão de alongamento e finalizado com uma massagem relaxante. Tudo em um ambiente controlado, calmo e climatizado.
A ação reforça a importância de que pais e familiares de pessoas com TEA também precisam cuidar da própria saúde e bem-estar, reservando momentos, ainda que breves, para si mesmos.
Um tema tão importante e delicado como o autismo, assim como tantos outros que são lembrados em “meses temáticos de conscientização”, deve ser pautado todos os dias, durante todos os meses e ao longo de todo o ano. O mesmo vale para os cuidados com quem dedica sua vida a cuidar e proteger pessoas com essa condição.
É importante lembrar que familiares de pessoas com autismo também sofrem. Segundo um estudo publicado no “Journal of Autism and Developmental Disorders” (Revista de Autismo e Transtornos do Desenvolvimento), o estresse vivido por uma mãe atípica é comparável ao estresse crônico enfrentado por soldados em combate, tamanha a exaustão física e psicológica.
Questões como o abandono do cônjuge após o diagnóstico do filho também são frequentes, o que aumenta ainda mais o desgaste emocional desse familiar, influenciando diretamente na qualidade de vida tanto da pessoa com o trasntorno, quanto do próprio cuidador.
Ações como essa, promovida pelo curso de Fisioterapia da UCB, bem como outras iniciativas realizadas ao longo do tempo, são fundamentais para promover a conscientização, valorizar quem está na linha de frente enfrentando os desafios do dia a dia, e lembrar que, quanto mais saudáveis física e psicologicamente estiverem, melhor e por mais tempo poderão oferecer saúde, amor, carinho e bem-estar aos seus familiares.
Pode parecer pouco, diante de tantos desafios enfrentados por esses pais, mães, avós e pessoas próximas, mas, como disse Madre Teresa de Calcutá: “O que eu faço é uma gota no oceano. Mas sem ela, o oceano seria menor.”
Então, façamos sempre a nossa parte, o pouco que pudermos. E, se pudermos mais, que façamos mais. Para que a qualidade de vida dessas e de todas as pessoas que precisam de apoio seja sempre um pouco melhor.







