Iniciativa é coordenada pelo Professor Dr. Helio Furtado, especialista em Gerontologia e docente nos cursos de Educação Física e Medicina
Com foco na inclusão e na qualidade de vida, a Universidade Castelo Branco promove diversas iniciativas voltadas para o bem-estar da comunidade, entre elas o projeto UCB 60+. Coordenado pelo Professor Dr. Helio Furtado, docente nos cursos de Educação Física e Medicina e especialista em Gerontologia, o programa oferta atividades físicas para pessoas idosas e propõe a conscientização sobre a importância de cultivar hábitos saudáveis para garantir mais autonomia e disposição na terceira idade.
As atividades propostas pelo projeto são conduzidas por estudantes extensionistas e funcionam como uma via de mão-dupla, contribuindo tanto para o envelhecimento ativo dos participantes quanto para a prática dos acadêmicos para além da sala de aula. “Para nós, como universidade, ter um grupo de idosos participando do programa atende a uma expectativa muito grande. Além disso, essa experiência nos dá a oportunidade de transformar pesquisa e extensão em uma literatura que dá uma formação bem sólida aos alunos”, afirma o coordenador do UCB 60+.
Membros há mais de 10 anos, Maria da Silva e Tânia Trajano dizem que um dos pontos altos do projeto é a interação com outras pessoas. “Além de aprender mais sobre hábitos saudáveis, interagimos todos juntos. A gente troca ideias, compartilha experiência, faz passeios… é muito gratificante, uma distração para mim”, salienta Maria. “O relacionamento com as pessoas é o ponto mais importante para mim. Isso é o que torna tudo mais especial”, completa a colega.
O cenário do envelhecimento no Brasil
No último Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de pessoas com 65 anos ou mais no país chegou a 10,9% da população, representando uma alta de 57,4% em relação à última pesquisa, realizada em 2010. Apesar do aumento, muitos brasileiros enfrentam desafios relacionados ao envelhecimento saudável.
Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da USP, em parceria com instituições dos Estados Unidos e da Noruega, revelou que 7 em cada 10 brasileiros idosos não praticam atividades físicas regularmente. Essa estatística vai de encontro à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividades aeróbicas, como caminhada e hidroginástica, e de fortalecimento muscular, como pilates ou musculação.
Durante sua participação no 2º Fórum Legislativo do Esporte na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Professor Dr. Hélio Furtado falou sobre a integração entre esporte e educação e os caminhos para fomentar um envelhecimento mais ativo. Para o professor, a aproximação entre a academia e a gestão pública é um fator de grande relevância no cumprimento desse desafio. “Tal sinergia é fundamental para garantir que o envelhecimento no Brasil seja cada vez mais saudável e ativo, contribuindo significativamente para o bem-estar da população e trazendo benefícios para toda a sociedade”, salientou na ocasião.