Políticas públicas é tema de palestra na II Jornada da Psicologia UCB

Programação segue até sexta-feira (04/10), com conversas sobre a atuação de profissionais da categoria

O papel da Psicologia nas políticas públicas foi um dos destaques do terceiro dia da II Jornada da Psicologia UCB, realizado nesta quinta-feira (03/10), no teatro da Universidade Castelo Branco. Para discutir o assunto, a convidada foi Mônica Sampaio, representante do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP). A psicóloga abordou questões como a ética profissional, a defesa dos Direitos Humanos e a construção de uma abordagem mais humanizada nos serviços públicos de saúde e assistência social. 

Em sua fala, Sampaio ressaltou a importância de tratar sobre políticas públicas com futuras e futuros profissionais da Psicologia. “Esse tema é muito emergente em nossa área de atuação. É muito importante falarmos sobre políticas públicas para que os estudantes aprendam mais e sejam seus defensores, pois elas transformam territórios e a sociedade. A Psicologia tem esse papel de lutar pela transformação social a partir da prática da profissão”, afirmou. 

Segundo a palestrante, a formação acadêmica na área teve uma grande mudança ao longo dos anos, deixando de focar integralmente no atendimento clínico e expandindo as bases do ensino para a atuação no serviço público. “Fico muito feliz em ver como temos avançado nesse quesito, especialmente com o fortalecimento das referências técnicas nas universidades como a UCB, que têm apostado nas orientações dos Conselhos da categoria para a formação de profissionais”, pontuou. A representante do CRP levantou ainda o caráter orientador, disciplinador e fiscalizador da autarquia no exercício da profissão, zelando pelos princípios éticos da classe.

A profissional também aproveitou para destacar a centralidade dos Direitos Humanos no trabalho das psicólogas e dos psicólogos que atuam em serviços públicos, como o Sistema Único de Assistência Social (Suas), que atende pessoas em situação de vulnerabilidade. “Não existe Psicologia sem a defesa dos Direitos Humanos, principalmente nas políticas públicas. O que fazemos é garantir direitos. Temos que ter isso em mente a todo momento, para nunca esquecermos de que lado estamos”, salientou Sampaio, que também é membro da Comissão dos Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Outros temas discutidos

Além da conversa sobre políticas públicas, o evento desta quinta-feira contou ainda com temas como a atuação dos profissionais na Atenção Psicossocial e Saúde Pública, uma oficina de manejo lúdico e confecção de material terapêutico, discussões sobre Psicanálise e Literatura e questões contemporâneas na formação em Psicologia. Vale lembrar que a II Jornada da Psicologia termina nesta sexta-feira (04), contando com diversas palestras ao longo do dia. Confira a programação:

Sexta-feira (04/10):

– 9h às 10h30: Diagnóstico não é estigma! Perspectiva contemporânea da avaliação (Prof. Waldir Toledo e Profª Michelle Gitahy);

– 10h30 às 12h: Empreendedorismo na Saúde (Profª Paula Louzada, Curso de Enfermagem);

– 14h: Bem-estar e estética (Lucas Tiné, coordenador de Biomedicina);

– 18h às 19h30: Entre o desejo e o silêncio: um olhar para o lugar da sexualidade na formação em Psicologia (Paula Viana);

– 19h30 às 21h30: Questões de gênero e comunidades terapêuticas (Helder Bello, CRP).

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