Estudantes de diversos períodos do curso de Psicologia da Universidade Castelo Branco realizaram, neste sábado (14), uma visita guiada ao Museu da Loucura, em Barbacena, Minas Gerais. A atividade teve como objetivo aprofundar o conhecimento dos alunos sobre a história da psiquiatria no Brasil e promover reflexões a respeito do tratamento de doenças mentais ao longo do tempo. A visita foi orientada pelo professor João Nadaes, buscando integrar a teoria com a experiência prática e histórica.
Durante a pesquisa, os alunos foram guiados por um especialista em saúde mental, que apresentou a trajetória do hospital e a importância da luta contra a desumanização dos pacientes. Para muitos, a visita proporcionou uma nova visão sobre a evolução do tratamento psiquiátrico no país, despertando questionamentos éticos e reforçando a necessidade de uma abordagem humanizada.
O Museu da Loucura e o Holocausto Brasileiro
O Museu da Loucura, localizado no antigo Hospital Colônia de Barbacena, é conhecido como cenário do chamado “Holocausto Brasileiro”. Inaugurado em 1903, o hospital abrigou mais de 60 mil pessoas, muitas delas sem diagnóstico psiquiátrico, internadas por questões sociais ou familiares consideradas desviantes do padrão da época. Entre as décadas de 1930 e 1980, estima-se que cerca de 60 mil pessoas morreram nas instalações, vítimas de maus-tratos, fome e abandono.